O que fazemos com o que ouvimos?
Se você desconfia que seu filho escuta mas não entende, é possível que ele tenha um Déficit no processamento auditivo central.
O DPAC não é classificado como deficiência auditiva. A principal consequência do distúrbio está na dificuldade de processamento das informações captadas pelas vias auditivas. Assim, a pessoa ouvirá claramente a fala humana, mas terá dificuldades em interpretar a mensagem recebida.
Devido as seguintes características, esse diagnóstico é muito confundido com o de preguiça, desatenção, dificuldades de memorização, hiperatividade, Infantilidade e ate mesmo Autismo.
- Dificuldade de memorização em atividades diárias;
- Dificuldades acadêmicas para ler e escrever;
- Fadiga atencional em aulas ou palestras;
- Troca de letras na fala ou escrita;
- Demora em compreender o que foi dito;
- Dificuldades em compreender informações em ambientes ruidosos;
- Desatenção e distração;
- Solicita repetição constante da informação;
- Agitação;
- Dificuldade para entender conceitos abstratos ou duplo sentido;
- Dificuldade para executar tarefas que lhe foram solicitadas;
Temos a impressão que eles só “entendem quando querem “ porque o nível de compreensão oscila. Quando o ambiente for mais silencioso e quando houver reforço visual, ela vai poder compreender melhor. Além disso, é claro, todos nós nos envolvemos mais e melhor nas atividades que nos dão prazer.
Na fase adulta, o problema pode ser a causa de uma severa baixa auto-estima, além de afetar os relacionamentos interpessoais, uma vez que a pessoa tem dificuldades em se ajustar a horários e compromissos e, freqüentemente, não consegue prestar atenção no parceiro.
As causas podem ser por qualquer alteração neurológica que afete regiões do cérebro ou do sistema nervoso central, incluí tumores, AVCs e doenças desmielinizantes (como a esclerose múltipla). O mais comum, principalmente em crianças, são alterações funcionais que têm como fatores de risco aprematuridade, intercorrências na gestação ou no parto, anóxia ou cianose, abuso de drogas e álcool, histórico familiar e também as famosas otites na infância
Sempre que houver qualquer queixa relacionada à audição, linguagem ou dificuldades de aprendizagem, é necessário realizar a audiometria tonal e imitanciometria a fim de verificar se há algum grau de perda auditiva. Com a audição normal, podemos investigar o processamento auditivo com uma bateria específica de testes.
O Tratamento é multidisciplinar envolvendo fonoaudiólogo, neurologistas, psicólogos, psicopedagogos, dentre outros. Quando não diagnosticado e tratado, pode trazer sérios prejuízos a curto e longo prazo.